Esotéricas

 

 

A PELE QUE RECOBRE A TERRA

De igual nascimento, crescimento, fundamento é todo o ser humano na Terra.
De igual importância, frequência, sintonia é todo o materializado na Terra.
Ao abrir teu coração ao sentimento da Terra, perceberás a fluidez conjunta
de todas as ações,de todo o movimento das coisas da Terra.
Ao tocar a pele que recobre a Terra, sentirás o que a igualdade faz em ti...
Ela suaviza as mágoas, ela apaga os ódios, ela extinge preconceitos,
ela insere em ti a serenidade de estar em casa, em família.
Ao tocar a pele que recobre a Terra, saberás o que atinge a essência e o
que é superficial e mortal, o que querias respondido, mostrar-se-á...sem nem
mesmo perguntares.
De igual beleza são todas as formas vivas e pseudo-inanimadas na Terra.
De igual realeza são todas as palavras e tons e gestos de amor à Terra.

Anorkinda

 

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DA MÃE TERRA

Não é sem dor que ela remexe as entranhas, expurga os venenos, libera seus dias ácidos, devolvendo o que lhe deram. No coração desconsolado de seus filhos, ela encontra o suspiro da união, a sua união de mãe com seu rebento tão amado.
No movimento da Mãe Terra, verte lama, verte espera do que não se desespera. Há amor em cada gesto da materna e sábia Criação. Ouça o berro dela, é da VIDA o grito que ressoa pela amplidão.
Quando um filho rebelde entende a abrangência de toda correção?

Anorkinda

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De dentro da pedra

Ah...do objeto material, dizes inanimado? Qual! Pensas saber o que é Real.
A pedra é real, a imagem da pedra é real, o habitante da pedra é Real.
A imaginação é Real. E ela cria.
Ah...quando me deixo Sentir e não pensar. Quando perco o medo do ridículo.
Quando a incoerência me faz livre, a inteligência da pedra me sorri.
A imaginação me sorri. Porque ela existe.
Ah...do que é claro, revelado, não queres ver? Comum! Pensas ver o que é Real.
Mas ele está aqui, visivelmente real e não vês, o espírito do elemento.
A imaginação lhe sorri, ela quer criar. E ela cria.

Anorkinda

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Meninos, eu vi

Eu vi no animal (ancestral?) uma inteligência, ciência arrota que é...Que ele é capaz de grandes golpes de raciocínio. Tal como o humano, insights... Aprendizagem, talvez transmitida às gerações, centésimos macacos todos nós.
Eu vi no humano (racional?) pouca inteligência, ciência pensa que é...Mas é incapaz de sensatez, franco declínio. Sal do planeta Terra, mortais...Derrocada da civilização inteligente, deixa à herança, mistérios atados em muitos nós.

Anorkinda

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O TEMPO DO ARCO-ÍRIS

Ao recordar quem eu sou realmente, tapete arco-íris faz-se estrada
receptiva com as cores de um novo tempo.

Foi preciso jogar as cordas ao mar do conhecimento sombrio, aportar ali
e encorajar-se na aventura.
Já no cais, vivências e experiências de todo tipo me puseram forte,
me lapidaram a alma em cristal.
Adentrei a vida, marinheira, estranhando a terra e o cheiro dela. Mas
segui. Persegui utopias, corri e perdi vários sonhos até encontrar
a chave deles.
Estava no coração, foi difícil encontrar, quem pensaria em procurar ali?

Abri os portais de mim e relembrei meus singrares, navegante das estrelas.
Meus verdadeiros mares, azuis de eternidade, enviavam-me suas fragrâncias.
Também eles reclamavam minha falta e eu chorava saudades...

Ao recordar quem eu sou realmente, o tempo arco-íris fez-se escada
intuitiva com as novas cores cósmicas.

Anorkinda

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Os fantasmas do Cais

Vejo aqui, neste velho cais, as almas portuárias... Não me vêem, não me sentem. Mas eu as sinto.
Aninharam-se nestas pedras, vícios do ofício. Trabalhadores na descarga, sonhadores adormecidos, não sabem que sonham...
Almas dóceis, esquecidas da morte, porque nela levitam... Como os peixes desconhecem a água.
Elas ainda vislumbram os navios a atracar e partir e sumir no horizonte, elas acompanham o por-do-sol com a serenidade dos dias que se repetem, iguais, triviais...dourados por-de-sois no Porto dos Casais.

Anorkinda