Contos Infantis

 

PITUCO

 

Pois é... Ele nunca voou. Nasceu com um probleminha na asa. Pituco aprendeu tudo o que  precisava, mamãe ensinava a procurar minhocas, vermes e sementes, observá-las cair ao sopro do vento, seu amigo... e lá corria Pituco, voraz atrás do alimento.

É... ele fez amizade com o vento. Quando seu amigo vento soprava de trás, trazia o cheiro de algum predador e zás... Pituco corria pro ninho. Quando o vento soprava forte, chegando de sua viagem lá do Norte, revolvia a terra e Pituco ficava de olho esperto nas comidinhas que se remexiam pelo chão.
Pituco fez muitos amigos e muitos deles voavam e lhe contavam as novidades:

- Lá na árvore de flores rosas eu vi uma linda Corujita dormindo...sua respiração era a mais melodiosa do Universo... suspirava Corujinho apaixonado.

- Sabia que estão desmontando a cerca velha do quintal? Não vai mais ter perigo do Sansão correr por aqui, porque não terá mais buracos em nenhum lugar...eu ouvi a Senhora conversando por aí... contava o Penuginha, sempre atento.

Os amigos levavam Pituco à corda do varal e lá ficavam piando e dando risada numa curtição boa de se ver. Do que os amigos mais gostavam eram as histórias que Pituco contava, eles se empolgavam tanto que voavam por perto, buscando objetos que ilustrassem o que estava sendo narrado. E Pituco contava mais e mais, ele tinha imaginação fértil, sua mamãe lhe disse.

Era uma estripulia quando ele contava as Histórias da Noite Escura... Então não ficava passarinho quieto no varal, era uma tremeção e Corujinho soltava um pio medroso a cada minuto. Mas era divertido e no final eles riam a valer só de lembrar que era tudo inventado e que a noite de verdade era quentinha e segura debaixo da asa da mamãe.

Anorkinda

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Aula de fada

Ela voejou por todo lado, inquieta... à procura. Logo acima, bastava bater um cadinho mais suas asinhas, e ela o veria.
Andreto era tão esperto quanto brincalhão e amava vê-la ansiosa, procurando por ele.

- Ei, malandrinho, vamos... temos trabalho a fazer!

Barina viu, enfim, seu amigo lhe lançando rajadas de sorriso verde por sobre as folhas da amoreira. Aproveitou e colheu algumas amoras para oferecer a sua nova amiga.

- Bom dia, rapazinho! - Barina sorria grande. - Você sempre me fazendo perder tempo!

- Você é muito lerda pra procurar duendes, não é boa nisso não! - Andreto ria a valer.

- Eu sei, por isso mesmo, meu trabalho é outro. Vamos, vamos.

- Esta sua nova amiga é lenta também? Porque se não for, vocês não vão se acertar nunca! - Andreto ria, falava e corria velozmente para acompanhar o voo ligeiro de Barina.

Chegaram à clareira combinada com a moça humana, para que novos passos na experiência fossem dados. Antigos gnomos e moderníssimos cientistas estavam confiantes na fusão dos Reinos Elemental e Humano.

Barina seria a primeira Fada a unir-se a uma humana. Elas compartilhariam a mesma vida, os mesmos sentidos, até mesmo os sentimentos.

- Oi, Karina! Trouxe amoras pra você!

Cintilante e voando de um lado a outro, Barina cumprimentava a nova amiga, cheia de gás para um novo dia de exercícios.
Karina divertia-se com as caretas e estripulias que Andreto aprontava enquanto ela comia as amoras fresquinhas e doces como mel.

- Nunca comi frutas tão doces! - Karina estava com os lábios e dedos vermelhos, deliciada.

- Andreto, vá brincar com os mosquitos, vá... - Disse Barina de repente. - Ou para quieto para que possamos começar.

- Tá bem, D. Barina. Vou sentar ali no seixo mais confortável e ficar mudo o dia inteiro.

- Essa eu quero ver! - Gargalhou Karina cheia de carinho por seus minúsculos amigos.


A Fada Barina havia recebido todos os ensinamentos de seu mentor o gnomo Gulião... Ela e a moça humana precisavam ensaiar vários exercícios respiratórios e também movimentos, pois Karina viria a voar e precisava controlar aquele corpão humano pelos ares.

- Comecemos a respirar, inspirar e meditar e depois treinamos os voos baixos, aqui na clareira é seguro. Karina, você precisa conectar seu pensamento ao meu, como fizemos ontem.

- Ontem foi incrível! Eu vi com os seus olhos e  e percebi as coisas mais pequeninas que existem, tudo perfeitamente visível!

- Eu só quero ver é quando Barina for treinar na cidade dos humanos, lerda como ela é, será atropelada pela primeira pandorga que passar! - Andreto agora rolava no chão só de imaginar a cena.

As novas amigas decidiram lanchar e treinar o hábito de comer frutas silvestres, pois muita concentração elas não conseguiriam enquanto Andreto não se enjoasse do trabalho e fosse brincar noutro lugar.

- Agora você imagina que pensaram na possibilidade de fusão de humanos com duendes, disseram que poderia melhorar o humor da sociedade na Terra! Seria uma grande palhaçada isso sim! - Comentava Barina, tão pequenina e cheia de contentamento por terem escolhido as Fadas para aumentar a sensibilidade humana quanto aos assuntos da Natureza.


- Eu acharia muito divertido! - Karina lambusava-se com gosto comendo jabuticabas.

Andreto resolveu ajudar um pouco e preparava alguma coisa secreta detrás de um tronco de árvore. De vez em quando ele espiava, fazendo cara de mistério, uma cara tão esquisita que poderia significar qualquer coisa, menos que se tratava de um assunto sério.

- Pronto! Venham, isto vai ajudá-las no exercício de hoje! - Sorria de braços cruzados, totalmente orgulhoso de seu trabalho.

O duendinho havia modelado o barro numa escultura, até grande para o tamanho dele. Era um cogumelo, marrom, úmido e cheio de minhocas contorcendo-se a fugir dali.

- Ótimo, Andreto! Obrigada! - Gritou Barina, esfusiante com a modelagem do amigo.

A fadinha voejou em torno do cogumelo de barro e espalhou um pouco de pó de fada... A moça Karina inspirou fundo, fechou os olhos e viu. Viu com os olhos da nova amiga, o cogumelo vermelho, cheio de vida, como se fosse de verdade.

Era um ótimo exercício para acertar a visão sensível de Karina até que ela ficasse completamente conectada à visão da fadinha. Ainda, a moça aproveitou para conversar telepaticamente com as minhocas que sacolejavam sem parar a resmungar do atrevimento de Andreto. Ele revirou todo o solo onde elas tranquilamente viviam.

- Este moleque, veja que bagunça ele fez aqui!

- Desculpe, ele só quis me ajudar no exercício de hoje.

- Que nada! Ele gosta mesmo de aprontar com todo mundo! - E as minhocas refaziam o seu mundinho, cheias de pressa e saracoteios.

Andreto estava tão feliz com sua colaboração que saiu pela floresta tocando uma flautinha minúscula e saltitando cheio de energia.

- Agora podemos treinar o voo, Karina. - Disse a fada, enquanto observava seu amiguinho desaparecer pela mata adentro.


As amigas treinaram a tarde toda e quando Karina voltou pra casa sua mãe sorriu ao notar que um caminho etéreo de brilhos seguia os passos da mocinha.

- É... não demora nada, e a Fada Barina virá conviver conosco! - Pensava em voz alta a mãe que não cabia em si de contente... ela sempre sonhara com fadas.

Anorkinda

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CACHOS DE MEL
A Fada das Flores

Ela nasceu num lindo dia de sol, era o último de um ciclo. A fadinha cresceu delicada e feliz, trilhando o caminho de seus dons.
O jardim das flores estava mais claro e brilhante desde que ela surgiu, concebida numa planta de amor e luz. Ela era a promessa de cura e beleza.
Cuidadosamente protegida para que sua missão se encaminhasse plenamente em seu coraçãozinho sensível, vivia a fadinha a sonhar e a brincar...as melhores maneiras de absorver a vida...
No dia da escolha de seu nome, novamente o sol fêz-se forte e galante, a cerimônia ganhou raios dourados de energia e bendição. A Rainha das Fadas-flores estava radiante no sorriso orvalhado mais requintado que já se viu!
- Cachos de Mel, você é a fadinha mais preciosa deste jardim, o primor de seus dons artísticos vai nos trazer a paz grandiosa que tanto sonhamos. Seus cabelos encerram o símbolo deles...são dourados como os raios do sol que lhe abençoou e são cacheados como as ondas espumosas do mar que lhe dá vigor e inspiração.
A Fadinha, de contentamento, não cabia em si, já sentia mil vontades de escrever e desenhar e inspirar a todos num encantar!
Todos os amigos vibravam de alegria e dançavam no jardim-festa-florida que se fez cores vivas para agradar a Fada Cachinhos de Mel!
Trouxeram um violão e a Fadinha pôs-se a cantar e tocar conduzindo o festejo para a beira-mar. Chamou a lua e a festa prosseguiu noite adentro na areia, pétalas e pólens dançando em êxtase-fantasia!


A artista Fada das flores tornou-se repleta de arte e beleza e com a sensibilidade de sua luz feminina cumpriu o que dela se esperava: encheu o mundo com as cores de sua magia. Suas histórias e poemas e pinturas iluminam toda a cura que se dá no mundo sutil do coração!
Viva Cachos de Mel, a princesa da beleza!

Anorkinda

 

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O guri e a garota

A garota vinha pela estradinha, cheia de sede de brincar e curtir o dia que começava com promessas de esquentar um pouquinho mais. O sol lhe chegava por entre a mata de eucaliptos que rodeava a pequena estrada.

De longe ela viu o gurizinho, pequenino, franzino... Ele se divertia aos rodopios, segurando-se nos troncos das árvores. Cada árvore um volteio e assim ele seguia adiante. Pra onde será que ele ia?

A garota deu uma corridinha, saindo da estrada e foi até ele, que não parou de rodar entre as árvores.
- Oi! O que tu tá fazendo?
- Rodando.
- Por quê?
- É divertido.
O guri tinha uma expressão maravilhosa de alegria no rosto e sorria aberto, bem aberto.


- Tu quer brincar comigo?
- Vem rodar.
- Já estou tonta só em te olhar... não vai dar. Vamos fazer outra coisa...
Ela tinha que andar para acompanhar o gurizinho, pois ele seguia adiante, dando voltas de árvore em árvore.
- Vamos bater corrida ali na estradinha?
- Não.
- Tu tá indo pra onde?
- Lugar nenhum.
- Então para um pouco e vamos conversar.

Ele parou e veio pra perto dela, juntou as mãos pra trás e esperou. Ele era tão lindinho... a garota tinha vontade de apertar-lhe as bochechas.
- Tu gostas de cantar?
- Não.
- A gente podia caminhar pela estradinha, lá tem mais sol, a gente podia ver os formatos esquisitos que as nuvens estão fazendo. Vamos?
- Não quero.
- O que tu gostas de fazer?
- Rodar.
- Por quê?
- É divertido.
- E só isso é divertido pra ti?
- É.

- Vem rodar.
A garotinha cedeu...
- Vou tentar.
Ela passou o braço numa árvore e girou. Era divertido mesmo... Seguiu pra próxima e girou... Mais uma. Outra.
- Fiquei tonta!
Seu estômago reclamou, embrulhou. O guri já ia longe, rodopiando. Ele voltou, rodopiando.
- Tudo bem?
- Sim, só precisa esta floresta parar de girar sozinha.
- Já vai passar.
- Tu não ficas tonto?
- Não.

 - Vou voltar pra estrada e brincar sozinha, mas seria mais divertido caminhar acompanhada...
O gurizinho a olhava, gentil. As mãos pra trás, tamborilando os dedos. De repente ele pergunta:
- Tu gostas de fazer mil coisas diferentes?
- Sim!
- Por quê?
- É divertido.
- Tu não fica tonta?
- Não.
- Eu não gosto de mudar de pensamento. Fico tonto.
Ele agora olhava para o chão. Mas logo, levantou a cabeça, passou o braço numa árvore e antes de voltar a girar, com o sorriso bem aberto, ele disse:
- Vai brincar no sol, amiguinha... Tu vai encontrar um montão de companhia lá.

- Tá bom.
A garota ficou olhando ele rodar até que sumiu de vista, soltando gritinhos de alegria.
Ela pegou a estradinha e seguiu correndo atrás de um casal de borboletas azuis que brilhavam reflexos do sol.


Anorkinda

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Conversando sobre a morte da bezerra

Nabel saiu à porta de casa pra tomar um ar e ver um pouquinho de luz. Noel veio logo atrás:
- Vamos buscar comida, maninha?
- Ainda não. Veja como há movimento a esta hora. Estão preparando, cozinhando... Humm... Que cheirinho bom!
- É mesmo! Que fome danada!
E Noel se pôs a andar de um lado para outro, impaciente.
- Vamos, pare com isso, você quer chamar a atenção?
- Não consigo ficar parado quando o assunto é comida.
- Senta aqui do meu lado e vamos conversar para passar o tempo.
Noel sentou-se, ressabiado.
- Você não acha perigoso ficar sentada aqui?
- Não. Estamos pertinho de casa e como eu falei, estão todos ocupados na cozinha. Basta que você fique quieto.
- Tá. Vamos falar sobre o quê mesmo?
- Ué... Sobre a morte da bezerra. - Respondeu simplesmente a irmã. - Mamãe sempre diz que nada melhor para fazer o tempo passar depressa do que conversar sobre a morte da bezerra.
- Mas eu nunca vi uma bezerra na vida, nem sei como ela morreu!
- Ai.. ai... - Nabel revirou os olhos. Tinha pouca paciencia com seu irmãozinho. - Podemos imaginar como foi a morte dela.
- Ah.. tá! - E Noel se agitou novamente, andando de lá para cá. - Eu aposto que foi assim: levaram a coitadinha para um matadouro e zás! Deram uma marretada na cabeça dela!
- Para, Noel. Senta aqui.
- Mas eu imagino melhor caminhando!
- Senta, porque não foi nada disso. Eles não levam bezerras para o matadouro. Para o matadouro só vão as vacas velhas.
- Ahnn... Então diz o que você imaginou.
- Eu acho que foi assim: A pobrezinha vinha doente e fraquinha há muito tempo, nenhum remédio dava jeito... E um dia... ela suspirou.
- Hahahahaha... só menina pra ter uma ideia tão fraquinha! - Noel se atirou pra trás de tanto rir. - Pois eu acho mesmo... - E ele levantou-se a andar... - Que numa noite fria e escura, a bezerra vinha sozinha pela estrada... corujas piaram de repente e ela...
- Para Noel! - A irmã estava tremendo e espiando todos os lados. - Não gosto de histórias de terror e uma bezerra não andaria sozinha de noite por aí.
- Ai... sem imaginação! - Noel sentou-se e apoiou o queixo numa das mãos, desanimado.
- Você acha que mamãe sabe como morreu este bicho?
Nabel pensou um pouquinho e disse:
- Eu nunca vi mamãe parada esperando o tempo passar... Acho que ela também não sabe nada sobre a bezerra.
- É... - Noel tinha o olhar perdido. - Quem sabe nossos tios sabiam...
- Eu acho que sabiam... - E Nabel suspirou.
Ainda em tom pensativo, o irmãozinho disse:
- Quem sabe se a bezerra comeu daquelas balinhas cor-de-rosa...
Agora foi a vez de Nabel pular e se agitar. Ela tinha os olhos arregalados!
- Onde? Você viu alguma? Onde? Me diz! Temos que contar pra mamãe! Socorro!
- Calma! Eu não vi... tô imaginando só... Você não disse que era para imaginar?
- Que horror! Nunca mais imagine uma coisa destas!Foi por causa delas que nossos tios morreram, todos morreram. Só ficaram nós e mamãe.
Nabel estava quase chorando.
- Tá, maninha. Desculpe fazer você lembrar disto. Vamos brincar de outra coisa, porque esta bezerra está muito sem graça.
Os dois passaram a prestar atenção no movimento da cozinha. O cheirinho bom da comida fez com que esquecessem qualquer conversa. Noel já estava doido pra ir  buscar alguma coisa e seus pezinhos balançavam loucos pra caminhar.
- O que você vai querer comer, maninha?
- Tudo!
 - Ah... diz por onde vais começar?
- Pelo que estiver mais à mão! - Até os olhos de Nabel salivavam, mas isso o irmãozinho não viu, pois que ele também estava vidrado na comida que nem dava pra ver, tão longe estavam... mas dava pra sentir pelo cheiro.
De repente o cheiro mudou. Cheiro de perigo.
- Nabel, você está sentindo?
- Sim. - Ela começou a ficar tensa e quando Nabel ficava tensa, ela paralisava, sem ação.
Vindo em sua direção, um terrível inimigo. Os irmãos jamais haviam visto um deles. Era grande demais e fedia demais também!
- Vem, mana, vem! - Noel já corria em direção à casa, mas a irmã estava petrificada de medo, olhando fixamente para o perigo.
Ele precisou voltar e puxar Nabel pelas orelhas, arrastando-a para dentro da toca.
Bem a tempo. O gato só conseguiu visualizar a sombra da cauda de Nabel sumindo-se para dentro da toca que era sua casa.


Neide Escada da Rosa

 

Joaninha perdidona

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Quem fosse tracejar o caminho que ela fez, veria um zigue-zague complicado.
O que será que ela queria?
O que será que ela fazia?
Só se sabe que ela andou e andou...

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Subiu pedras, cruzou trilhos de formigas e mais ainda zigue-zagueou...
O que será que ela sentiu?
O que será que ela pensou?

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Quem quisesse entender o zum-zum-zum da Joaninha, deveria andar igual a ela.
O que será que ela queria?
O que será que ela fazia?
Só se sabe que um dia ela parou...

A Joaninha olhou pra todo lado, estava perdidona e queria encontrar um lugar para seus pezinhos descansar...
O que será que ela sentiu?
O que será que ela pensou?

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Ela não queria mais andar e nem zigue-zaguear, num lugar seguro ela iria cochilar.
Onde será que ela parou?
Onde será que se enroscou?
Só se sabe que sorriu e encontrou...

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Agora era  no sonho que ela andou e andou, completando um desenho complicado.
O que será que ela queria?
O que será que ela fazia?

Para lá e para cá, para cima e para baixo...
Ela não queria mais sonhar, ela só queria descansar, então a Joaninha suspirou e bem alto ela roncou.
Até quando ela dormiu?
Até quando o sol surgiu.
E lá voltou a Joaninha...

Para lá e para cá, para cima e para baixo...

Neide Escada da Rosa